Julio Carvalho conta a história da arquitetura dos prédios de Porto Velho

O artista plástico Julio Carvalho apresenta às 20h de hoje 3, no Mercado Cultural o livro, “Um Olhar Sobre Urbanismo e a Arquitetura de Porto Velho”. “Escolha do Marcado Cultural como palco para a realização do evento foi porque a arquitetura do prédio tem tudo a ver com a nossa pesquisa”, declara o escritor.
Julio Carvalho em conversa com a nossa reportagem falou o seguinte sobre como surgiu a idéia de escrever a obra, que com certeza será utilizado pelos historiadores, arquitetos e pesquisadores da história da cidade de Porto Velho.

“As primeiras idéias sobre este livro surgiram quando folheávamos um álbum de fotografias antigas de Porto Velho. Percebemos então que uma cidade, por mais nova que seja, tem muitas histórias a ser contada, a ser pesquisada e estudada, mesmo que sejam referidas com certa nostalgia e com todo o fascínio de uma fotografia antiga” lembra Julio prosseguindo: “É com o suporte desta nostalgia e deste fascínio que apresentamos a nossa pesquisa e o nosso estudo, que tem como objeto a História do Urbanismo e da Arquitetura da jovem cidade de Porto Velho, no período de 1903 a 1972 – a partir da assinatura do tratado de Petrópolis até a desativação da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré”.

O livro foi dividido em dois capítulos, no primeiro Julio trata da origem das cidades numa viagem que vai desde o Primitivo até a Era Moderna.

No primeiro o autor fala da origem das cidades, com um passeio desde o Primitivo até a Era Moderna – Nesse capítulo vamos encontrar uma pesquisa sobre a origem do nome de Porto Velho, seu desenvolvimento urbano, sua economia e o comércio, seus meios de transportes, de comunicação, a sua iluminação, seus espaços e meios de lazer, destacando também suas transformações urbanas, sociais e econômicas; No segundo capítulo, tratamos sobre a Arquitetura – como surgiu, a sua importância como ciência e como seu estudo se tornou essencial para a humanidade. Identificamos os estilos de arquitetura encontrados em Porto Velho: A Arquitetura Industrial que foi introduzida pela ferrovia no início da construção, A Arquitetura Colonial que concentrou suas edificações no bairro do Caiari, A Arquitetura Art Déco que se proliferou muito nas edificações residenciais e A Arquitetura Eclética que é a predominante na cidade, com grande influência da mão-de-obraportuguesa. “Este livro é uma pesquisa e um estudo de 4 anos, que tem como objeto a História do Urbanismo e da Arquitetura da cidade de Porto Velho, no período de 1903 a 1972”.

Lançamento do Livro: Um Olhar Sobre o Urbanismo e a Arquitetura de Porto Velho
Local: Mercado Cultural
Hora: 20h
Dia: 03 de Setembro de 2009

Apresentando o livro do Julio.

O artista plástico convidou algumas pessoas conhecedoras da história de Porto Velho, para opinarem sobre sua obra. Assim, conseguiu depoimentos dos historiadores Prof. Dr. em Ciências Socioambientais – Unir/RO Marco Antônio Domingues Teixeira; Prof. Dr.Historiador – Unir/RO Dante Ribeiro da Fonseca e da Profº Me. Arquiteta e Urbanista É Prof. Dr.Historiador – Unir/RO Márcia Honda Nascimento Castro.


Depoimento – 1 (*)

O trabalho que aqui apresentamos é enriquecedor sob todos os aspectos. Ganhamos todos, com a publicação de “Um olhar sobre o urbanismo e a arquitetura de Porto Velho”. Ganha o autor, que enobrece o seu já reconhecido currículo, tornando-se referência no campo dos estudos e da formação intelectual de acadêmicos de diversas áreas no Estado de Rondônia. Ganha a cidade de Porto Velho, pois o livro é um verdadeiro “grito de alerta” que nos conclama a preservar o que ainda restou de nosso passado arquitetônico e nos ensina o valor do respeito ao patrimônio e às memórias de uma sociedade. Ganhamos nós enquanto pesquisadores e estudiosos, pois a pesquisa do professor Júlio Carvalho facilitará enormemente qualquer outro estudo sobre o patrimônio histórico, artístico e arquitetônico de Rondônia. E, por fim, ganha toda a sociedade, que, com essa obra, vê preservada, ao menos na beleza das fotos e na clareza e didática dos textos, a memória de seu passado arquitetônico.

(*) Marco Antônio Domingues Teixeira
É Prof. Dr. em Ciências Socioambientais – Unir/RO

Depoimento – 2 (*)
A obra intitulada “Um olhar sobre a arquitetura de Porto Velho”, do artista plástico Júlio Carvalho, vem acrescentar mais informações a área da pesquisa e registro histórico urbano sobre a nossa capital, constituindo-se assim em importante contriburo. Embora existam outras obras que sistematicamente ou esparsamente mencionem os prédios e demais construções de nossa urbe, a pesquisa de Julio Carvalho amplia o leque de informações, ao acrescentar pioneiramente às informações sobre os construtores: “… pioneiros da construção civil em Porto Velho… “, nas palavras do próprio autor, informações preciosas sobre o estilo arquitetônico ou elementos de estilo dessas edificações. Transita o autor com segurança sobre os mais diversos estilos e funcionalidades, daqueles que iniciaram com a cidade àqueles construídos em determinado surto de construções tão logo instituído o Território Federal do Guaporé. Assim descritas, aquelas obras que diariamente olhamos distraidamente ao transitar pelo centro da cidade, passam a ser vistas com outros olhos. Vistas como representantes de estilos que influenciaram determinada época ou tiveram função específica: arquitetura colonial, industrial, eclética e art décor. Parabenizamos e louvamos ao autor pela iniciativa e recomendamos a todos os interessados na história de nossa terra a leitura dessa importante obra.

(*) Dante Ribeiro da Fonseca
É Prof. Dr.Historiador – Unir/RO

Depoimento – 3 (*)
Considerando os argumentos supracitados, Júlio Carvalho apresenta essa obra, verdadeira declaração de amor a Porto Velho, e os convida a refletir sobre a cidade. O resgate histórico é permeado por caracterizações de vários de seus ícones edificados, com descrição pormenorizada de seus estilos, arquitetura e localização. Algumas dessas construções, infelizmente, não mais existem, e só podem ser identificadas através de registros como os que aqui postos, ou a partir da rememoração dos mais antigos. Do repertório remanescente, muitas encontram-se descaracterizadas, mutiladas, ociosas, arriscando-se a desaparecerem em pouco tempo, e são ínfimas as preservadas. Para reverter a situação, Júlio conclama uma parceria ratificada na Carta Magna: a responsabilidade, por parte do Poder Público e da sociedade, para a preservação do patrimônio cultural brasileiro, através de diversas estratégias: inventários, registros, vigilância, tombamento, desapropriação, dentre outras formas de acautelamento e proteção. Almeja-se que essa sua singela contribuição suscite não apenas discursos, opiniões, mas atitudes práticas que zelem pela salvaguarda do patrimônio histórico local.

(*) Márcia Honda Nascimento Castro
É Profª. Me. Arquiteta e Urbanista – Uninorte/AM

Fonte: Sílvio Santos – zekatracasantos@gmail.com
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